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O medo excessivo provoca efeitos adversos na qualidade de vida dos gatos. Geralmente, o problema acompanha muitas manifestações comportamentais, como tentativas de fuga, agressividade e necessidades fora do local correto.
Um estudo publicado na revista científica Journal of Feline Medicine and Surgery destacou que, durante um experimento, gatos medrosos apresentaram um período mais longo de inatividade. Além das questões mentais, o medo pode desencadear condições físicas, como taquicardias, picos hipertensivos e problemas urinários.
Para preservar o bem-estar dos felinos, é importante que os tutores fiquem sempre em alerta aos indícios de medo nos pets.
1. Esconder-se
Móveis como guarda-roupas e sofás podem ser usados como abrigos pelos bichanos. É possível que esse comportamento esteja relacionado com estresse na casa, conflitos com outros animais e problemas de saúde.
2. Pelos eriçados
Os pelos eriçados costumam ser acompanhados por uma postura arqueada e a cauda ereta e arrepiada ou, se estiver para baixo, com um aspecto mais rígido.
3. Sibilação
O 'fuu' é uma vocalização, semelhante a um sopro, que o gato utiliza para se afastar outro animal ou, até mesmo, uma pessoa. Esse comportamento é classificado como uma reação ameaçadora e, geralmente, o bichano também mostra os dentes.
4. Paralisação/Congelamento
Os gatos podem apresentar as seguintes reações instintivas em situações ameaçadoras: lutar, fugir, se esconder ou congelar.
Essa reação é mais comum em clínicas veterinárias, pois o animal percebe que não vai dar nem para lutar, nem para fugir, mas está com muito medo.
5. Salivação
Quando o gato está paralisado por medo, por exemplo, ele pode salivar mais que o normal.
A salivação é uma resposta adrenérgica, em que o animal está liberando muito cortisol e ele só para quando estiver se sentindo protegido.
6. Corpo mais rebaixado
Essa postura pode ser observada quando o animal está com as pernas traseiras flexionadas, a cauda para baixo e as orelhas para trás. Ainda, quando está nessa posição, o bichano costuma andar de lado e lentamente.
7. Diminuição nas brincadeiras
O medo deixa o animal estressado e tensionado de tal forma que ele não consegue relaxar nem para realizar brincadeiras.
Brincar sozinho é o primeiro comportamento que cessa e, em estados mais graves, o animal não brinca nem quando é estimulado.
8. Fugir do tutor
Se a pessoa se aproximar do gato quando ele estiver amedrontado, é possível que ele se afaste instintivamente. Esse é um comportamento que pode promover uma sensação de segurança para o pet.
O que fazer?
Ao identificar esses sinais, é válido que o tutor analise o que pode estar causando medo no gato. As causas mais comuns são: relação com pessoas estranhas no ambiente, presença de outros animais no espaço, objetos diferentes em casa, cheiros que não são familiares ou barulhos altos.
Os gatos são metódicos e sistemáticos, não gostam de nada que modifique a rotina que estão acostumados e nem o ambiente que vivem. O medo reduz a imunidade, leva ao aumento da glicemia circulante e pode favorecer o desenvolvimento de problemas urinários, como cistite intersticial por estresse, que é inflamação na região da bexiga.
Os felinos costumam ter muito medo de movimentações bruscas, aproximações diretas e muito contato visual. Eles precisam de refúgios seguros, com rotas de fuga e a possibilidade de visualizar o ambiente. Esses locais podem ser no solo ou em áreas elevadas.
Vale destacar que cada animal possui seu temperamento e personalidade. Por isso, a intensidade de um sinal de medo varia de um bicho para outro.
Se um gato é mais reservado, não significa que isso seja um problema. No dia a dia, ele brinca e realiza trocas com os tutores e outros animais. Já um bicho com medo é diferente, pois significa que o animal está em sofrimento.
Fonte: Vida de Bicho
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